sábado, 22 de junho de 2013

O clamor das manifestações populares exige ousadia do PT

De maneira geral o pronunciamento da Presidenta Dilma foi positivo, mas nas propostas apresentadas senti falta de algo que tratasse objetivamente da relação entre o Poder Cidadão e os Poderes da República. Ao meu ver a contradição dialética central que emerge e se evidencia das manifestações populares é entre a nova configuração geral da sociedade brasileira decorrente das significativas transformações ocorridas pós constituição de 1988 e o arcabouço institucional decorrente dessa própria constituição, moldado pelas limitações politicas e econômicas do modelo de desenvolvimento capitalista brasileiro. O poder cidadão, a partir do questionamento econômico concreto de 0,20 centavos, estendeu, de forma difusa e multifacetada, o seu questionamento para o plano politico. A Presidenta Dilma identificou corretamente os polos da contradição, o Poder Cidadão e os Poderes da República e na condição de Chefe do Poder Executivo comprometeu-se a procurar os demais poderes e representantes das sociedade para a discussão da Reforma Política. É uma iniciativa importante, mas ao meu ver insuficiente para o clima político das ruas. O Poder Executivo Federal, ocupado democraticamente por um Governo de Coalizão ampla, pode e deve avançar no sentido do clamor que vem das ruas. O PT, que lidera esse governo, não pode deixar de aproveitar esta oportunidade histórica de propor avanços concretos em termos da democracia participativa e direta, prevista na Constituição de 88. Vamos TODOS às ruas para defender a instituição imediata do ORÇAMENTO NACIONAL PARTICIPATIVO e do SISTEMA NACIONAL DE PARTICIPAÇÃO POPULAR.

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